31 dezembro, 2007

2007

Filhas. ("Encosta-te a mim..."). Daniel. ("nós já vivemos cem mil anos..."). Radio. Casa. Escuteiros. Promessa. RVCC. ("Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo...") Espera. Montaria. Luis Represas e João Gil. ("o que não vivi, hei-de inventar contigo..."). Carnaval. Rir. Chorar. ("sei que não sei, às vezes entender o teu olhar..."). Tatuagem. Mana. Cidália. Manos. Família. ("mas quero-te bem!"). Casting. Livros. Música. Dançar. ("I felt like Superstars do"). Muitas horas de almoço. Sol. Nadar. Caravana. Porto Novo. Dentes e ouvidos. Operação. ("World, hold on!"). Berbigão com imperial. Rede. ("Relax, take it easy"). Maçãs e pêras. Police. Setúbal e o Portinho. ("fazes muito mais que um sol..."). Gelados. Eliptica. Leticia. Rui. Ana. Clã. ("Tem cuidado, tira a teima, vê aquilo que sou..."). Blogs. Kms. Optimismo. Desilusão. Medo. Seguir em frente. Mais horas de almoço. ("Uhh, uhh! Yeahh, Yeahhh! Faz, faz, ..."). Lareira acesa. Óbidos. Abraços. Sorrisos. Vida. Morte. ("É só isso, não tem mais jeito. Acabou. Boa sorte!"). Presentes. Natal. Cantar. Cama quente. ("You can stay under my umbrella... ella...ella..."). Vinho verde. Chocolate. Histórias contadas. Histórias inventadas.

21 dezembro, 2007

All I want for christmas is you!

É uma canção de Natal da Mariah Carey e basicamente diz "este ano não quero prendas, basta-me ter-te a ti" e eu acrescento "enquanto me quiseres". Meus amigos o Natal está no ar, o amor está no ar, as canções ouvem-se no ar, as iluminações veêm-se no ar e por estes dias tudo redopia no ar graças ao temporal , mas é bom!
Em mim a magia funciona: há mais de um mês que ando a desejar Boas Festas (nos anuncios que gravo) os presentes estão embrulhados, o presépio montado e este ano lá em casa até há duas árvores de Natal :) cada uma com seu significado. Na sala o pinheiro artificial com as suas fitas e bolas douradas e um monte de presentes ao redor. Na cozinha o pinheirinho que fomos buscar à mata, enfeitado com as sobras dos outros anos e com as decorações feitas pelas miúdas, sem presentes mas com a lareira ao lado sempre acesa. Adivinhem onde passamos mais tempo?

Na cozinha pobrezinha mas acolhedora, onde grelhamos as tirinhas, bebemos uns copos com os amigos e brincamos com as pequenas a maior parte do tempo. Qual a minha favorita? A pobrezinha, mas se possível com a outra ao lado, com todos os presentes que escolhi para dar, cada um especial para aquela pessoa.
Adoroooooooo dar presentes e adorooooooo o Natal, mas de nada valeria a minha árvore dourada se não estivessemos todos juntos e em paz :)
Boas festas para todos!

04 dezembro, 2007

Meias palavras...

Caminho pensativa pela rua. Passo por alguém conhecido e solto o "-Olá! Tudo bem?" de circunstância enquanto continuo a andar. Ela responde-me um "-Mais ou menos..." também de circunstância. De repente adivinho ("Ela sabe!) e volto-me ainda a tempo de ver os seus olhos tristes como os meus. "-Pois, mais ou menos..." respondo-lhe de uma forma que só nós duas entendemos. Sigo o meu caminho, de novo pensativa e ainda triste...
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Naquela 2ªfeira Micaela levantou-se e foi para a escola. Provavelmente estudou para os testes que tinha essa semana, provavelmente riu de tudo e de nada com as colegas, provavelmente beijou um rapaz de quem gostava muito... Era já noite quando voltava a casa. À saída do autocarro provavelmente disse "-Até amanhã!" às amigas. Provavelmente Micaela não viu o camião, o camião de certeza que não viu a Micaela. Não sei se os amigos dentro do autocarro viram alguma coisa. Só sei que a Micaela tinha 15 anos... e era amiga da Rafaela.
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Naquele dia o Sérgio levantou-se e foi para a escola. Lembro-me que estudámos para o teste de matemática do dia seguinte. Tenho a certeza que riu de várias coisas, porque ele estava quase sempre a rir e a fazer-nos rir com as suas palhaçadas. À noite alguns de nós iam espalhar cartazes para divulgar uma festa de angariação de fundo para a nossa viagem de finalistas. O Sérgio disse que ia de moto a casa num instante mas não apareceu. "-Esqueceu-se!" pensaram os outros. Nessa noite, provavelmente o Sérgio não chegou a ver o camião do lixo, o camião de certeza que não viu o Sérgio. Eu sei o que chorei quando soube, e no dia a seguir, e no outro, e no outro, e nos outros que se seguiram durante muito tempo... O Sérgio tinha 17 anos... e era meu amigo.
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"-Olá! Tudo bem?", "-Mais ou menos...", "-Pois... mais ou menos..."