04 novembro, 2009

Sou dona de mim

Eu sou eu!
Em todo o mundo, não há ninguém igual a mim. Há pessoas que têm alguns talentos ou defeitos iguais aos meus, mas no seu todo ninguém se compara a mim.
Por essa razão, tudo que sai de mim é meu de verdade porque eu sozinha fiz a escolha.
Sou dona de tudo que diz respeito a mim. Meu corpo, inclusive tudo que ele faz; minha mente e inclusive todos os seus pensamentos e idéias; meus olhos, inclusive as imagens de tudo o que contemplam; meus sentimentos, sejam quais forem (raiva, alegria, frustração, amor, desengano, excitação); minha boca e todas as palavras que dela provêm (gentis, doces ou ásperas, próprias ou impróprias); minha voz, ruidosa ou suave: e todas as minhas atitudes, com os outros ou comigo mesma.
Sou dona de minhas fantasias, meus sonhos, minhas esperanças, meus temores.
Sou dona de todos os meus triunfos e sucessos, de todos os meus fracassos e erros.
Porque sou dona de mim, sei o que se passa em meu íntimo.
Então, gosto de mim e sou afectuosa comigo em tudo que me diz respeito. Desse modo, possibilito a mim trabalhar como um todo para o meu bem.
Sei que há em mim alguns aspectos que não conheço. Mas enquanto eu for terna e afectuosa comigo mesma, poderei com coragem e esperança, procurar soluções para os enigmas e meios de descobrir mais sobre mim.
Seja como for que eu pareça e me comporte, o que quer que diga e faça, pense e sinta em dado momento, tudo isso sou eu. É autêntico e representa onde estou nesse exacto momento.
Quando mais tarde recordo como pareci e me comportei, o que disse e fiz e pensei e senti, talvez algumas partes revelam-se inadequadas. Jogo fora o que não me serve, guardo o que foi aprovado e invento algo novo para substituir o que descartei.
Vejo, ouço, sinto, falo e faço. Tenho as ferramentas para sobreviver, para ficar perto dos outros, para ser criativa e compreender o mundo das pessoas e as coisas fora de mim.
Sou dona de mim.
(Virgínia Satir)


Há pois é, bébé! Mas ser dona quer dizer também ser responsável por quem sou e em quem me vou tornar. Não gosto do que vejo ao espelho (do quarto ou da alma)? Está (só) na minha mão mudar! Felizmente posso procurar ajuda e inspiração. Vou ali à biblioteca procurar mais um livro da D.Virginia e já volto :)