19 abril, 2006

Santos da casa...

...não fazem milagres! O ditado é velho e sábio: quantas vezes nos surpreendemos com o valor que os outros dão a coisas que para nós são simples e banais, talvez porque sempre estiveram ali. Velharias, por exemplo: acreditam que só descobri a beleza de um arreio depois de o ver exposto num restaurante típico?! Eu até entendo... para os de fora aquilo é uma relíquia, para mim lembra-me a dureza do trabalho da fazenda e a pobreza em que vivia a gente do campo, bem expressa nos rostos magros dos meus tios naquela fotografia velhinha pendurada na parede da sala da minha avó. E ainda assim eles sorriem, sinal de que eram felizes... Talvez seja essa nostalgia do tempo em que não se tinha nada mas se era feliz que torne tão apreciadas as velharias de ontem, num hoje em que se tem quase tudo e mesmo assim parece faltar qualquer coisa.
Há dias o Daniel encontrou uma concha antiga na fazenda por detrás da casa da mesma avó da fotografia e guardou-a - decidi pendurá-la na nossa cozinha: em memória das sopas de misturadas, das matanças do porco à moda antiga e do meu avô Alexandre, o patriarca da família cuja estória também vos quero contar. Mas isso fica para outro dia...

Parecem bandos de pardais à solta
Os putos, os putos
São como índios, capitães da malta
Os putos, os putos
Mas quando a tarde cai
Vai-se a revolta
Sentam-se ao colo do pai
É a ternura que volta
E ouvem-no a falar do homem novo
São os putos deste povo
A aprenderem a ser homens.

OS PUTOS by Carlos do Carmo (sim, também gosto de fado :P)

17 abril, 2006

"Não foi nada disto que eu planeei e tudo começou por acaso"

Eu só queria um atestado. Não médico, mas de capacidade. Queria um diploma que comprovasse na teoria o que aprendi na prática do dia a dia. O que aprendi ao longo dos últimos anos na rádio - fazer perguntas, sintetizar informação, expô-la de forma clara - precisava de um certificado de competências. Não fosse "o diabo tecê-las" e eu ter de procurar outro emprego... E depois? Como é que eu comprovava aos possíveis futuros patrões aquilo que sabia fazer? Vai disto, surge um atelier de jornalismo na Benedita ("essa bela localidade!") e lá vou eu à procura do "canudo". 40 horas depois, tenho um blog, um texto publicado num
  • jornal digital
  • , páginas de trabalhos de várias formas de escrita, e um prazer imenso sentido nas horas que roubei aos "meus amores" para redescobrir a satisfação de fazer correr a caneta ao sabor das ideias, num frenesim que só termina no ponto final. Este ponto final.
    Obrigada prof pelo "empurrãozinho", obrigada família pelo apoio e obrigada sorte que me bafeja com oportunidades que chegam na hora certa.
    Agora que me lancei de novo no vôo o díficil vai ser parar.
    "Mi aguardem, viu...!" ;)

    11 abril, 2006

    Meu(s) amor(es)...


    BRYAN ADAMS - "Heaven"

    Oh - thinkin' about all our younger years
    There was only you and me
    We were young and wild and free

    Now nothin' can take you away from me
    We've been down that road before
    But that's over now
    You keep me comin' back for more

    Baby you're all that I want
    When you're lyin' here in my arms
    I'm findin' it hard to believe
    We're in heaven
    And love is all that I need
    And I found it there in your heart
    It isn't too hard to see
    We're in heaven

    Oh - once in your life you find someone
    Who will turn your world around
    Bring you up when you're feelin' down

    Ya - nothin' could change what you mean to me
    Oh there's lots that I could say
    But just hold me now
    Cause our love will light the way

    [Chorus]

    I've bin waitin' for so long
    For somethin' to arrive
    For love to come along

    Now our dreams are comin' true
    Through the good times and the bad
    Ya - I'll be standin' there by you

    10 abril, 2006

    A porta está aberta! Sejam bem-vindos!